Antes não nos pesava
o passado, colhíamos os dias
ainda verdes, a frescura da sua polpa
na vontade dos nossos dedos.
Depois vieram os sinais
dos primeiros cansaços sem remédio,
a noite fincou-se nas pedras,
fez-se de estorvos.
Aquilo que sobrou de ti
cabe-me nos bolsos
e é pouco para as minhas mãos.
Autor : Rui Pires Cabral
Imagem : Omar Ortiz
2 comentários:
Imagem e poema deslumbrantes. Formam e contêm a mais bela harmonia poética.
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Cumprimentos poéticos
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Pensamentos e Devaneios Poéticos
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Que poema excelente!! Obrigada
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Manhas desertas, ruas de outono...
Beijos
Boa tarde!
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