Desejo um Feliz Ano Novo a todos os meus amigos e seguidores que ao longo do ano tiveram a gentileza de me visitarem e deixarem as suas amaveis palavras.
Aqui estão as minhas escolhas do que considero melhor em Poesia,Prosa Poética e Fotografia. Domingo é dia de trabalhos de minha autoria.
segunda-feira, 31 de dezembro de 2018
domingo, 30 de dezembro de 2018
..
Meus passos, caminham. Nem sempre certos. Errantes, seguem trilhos tortuosos. Deambulam ruas e vielas. Noites e dias. Estão cansados, muito cansados e sonham com um porto que não existe. E um sorriso se afivela num rosto silencioso que esconde dor, muita dor . Um dia ainda volto a trabalhar neste (no meu) País.
Meus passos caminham….
sábado, 29 de dezembro de 2018
Quem só pensa em si
Victor Bauer
Autor : (Padre) Vasco Pinto de Magalhães
in 'Não Há Soluções, Há Caminhos
in 'Não Há Soluções, Há Caminhos
sexta-feira, 28 de dezembro de 2018
a minha intimidade é pequena
Josephine Cardin
A minha intimidade é pequena
cabe na minha boca
e desliza por entre os dentes;
se a descubro a fingir que é saliva
engulo-a,
não quero vê-la alheia nas palavras
nem perdê-la com um beijo.
autor : ana merino
poesia espanhola, anos 90
trad. joaquim manuel magalhães
relógio d´água 2000
quinta-feira, 27 de dezembro de 2018
Só o silêncio responde
Elena Vizerskaya Kassandra
Sigo os passos do vento
nas brisas suspiradas
e nos largos silêncios
que me olham em fogo lento
na ampulheta passante do tempo.
E na espuma da alma
choro em silêncio
o calor do teu nome.
Autor : António Carlos Santos,
in "50 Anos, 50 Poemas"
terça-feira, 25 de dezembro de 2018
FELIZ NATAL
e como é Natal venho por este meio desejar a todos os meus leitores e seguidores que visitam este espaço um
Santo e Feliz Natal de 2018
que a paz more em nossos coraçoes.
sexta-feira, 21 de dezembro de 2018
Falta de Ar
Há dias que posso passar sem sol, sem luz,
sem pão,
sem tudo enfim...
( Tenho até a impressão de que não preciso de nada...
... nem mesmo de mim...)
Mas há dias, amor... ( e parece mentira)
- nem eu sei explicar o porquê
de tão grande aflição -
em que não posso passar sem Você
um segundo que seja!
- de repente preciso encontrá-la, é preciso que a veja -
- Você é o ar com que respira
meu coração !
Autor : J. G. de Araújo Jorge
- nem eu sei explicar o porquê
de tão grande aflição -
em que não posso passar sem Você
um segundo que seja!
- de repente preciso encontrá-la, é preciso que a veja -
- Você é o ar com que respira
meu coração !
Autor : J. G. de Araújo Jorge
quarta-feira, 19 de dezembro de 2018
.
igor morski
Aprendeu a empacotar o tempo
vendia em saquinhos de cinco minutos
quando morreu,
suas vendas contabilizavam milênios
Autor : Ana Peluso
terça-feira, 18 de dezembro de 2018
na ternura completa das mãos
Pascal Champion
voa comigo nos ombros da noite
enlaçados como dedos e dedos
na ternura completa das mãos.
inventemos asas até que nos
tenham como irmãos os pássaros
e as crianças nos persigam
pelo areal - o voo que é delas também.
acredita que o nosso olhar tocará um dia
o horizonte com tal força que a nossa palavra
ficará redonda, redonda como os ombros
desta noite em que te convido a descobrires
comigo o amor enorme que a maré nos tem
quando nos cobre os pés e nos obriga a nascer
Autor : - Vasco Gato
domingo, 16 de dezembro de 2018
Momentos
Nos medos – de mim
Abraço esta solidão do tamanho
De um mundo
Dum futuro incerto
Surda e muda
Afago uma nuvem
E a lágrima que se confunde
Nem a sinto
Olho e
Só esta chuva que cai e
Agita a praça
Me faz sentir que vivo
Ainda
Aqui
E agora.
.
Autor: BeatriceM 16-12-2012 (reeditado
sábado, 15 de dezembro de 2018
O Vento
igor morski
É fácil dizer que o ventotem gatos na voz
enfurecidos.
Que afaga e despenteia,
traz a chuva.
Que levanta as telhas,
exercita na noite
os nossos mais pesados
pesadelos.
É fácil ser poeta
à custa do vento.
Fingir que não sabemos
que o vento não é senão
o vazio que muda de lugar.
Autor: A.M. Pires Cabral
in Arado, ed. Cotovia
sexta-feira, 14 de dezembro de 2018
Alta Tensão
Jaroslaw Datta
eu gosto dos venenos mais lentos
dos cafés mais amargos
das bebidas mais fortes
e tenho
apetites vorazes
uns rapazes
que vejo
passar
eu sonho
os delírios mais soltos
e os gestos mais loucos
que há
e sinto
uns desejos vulgares
navegar por uns mares
de lá
você pode me empurrar pro precipício
não me importo com isso
eu adoro voar.
dos cafés mais amargos
das bebidas mais fortes
e tenho
apetites vorazes
uns rapazes
que vejo
passar
eu sonho
os delírios mais soltos
e os gestos mais loucos
que há
e sinto
uns desejos vulgares
navegar por uns mares
de lá
você pode me empurrar pro precipício
não me importo com isso
eu adoro voar.
Autor:- Bruna Lombardi
In O perigo do Dragão. Rio de Janeiro: Record, 1984. p. 36
In O perigo do Dragão. Rio de Janeiro: Record, 1984. p. 36
quinta-feira, 13 de dezembro de 2018
Na lista dos teus fins venho no fim
de uma página nunca publicada,
e é justo que assim seja. Embora saiba
mexer palavras, e doer de frente,
e tenha esse talento conhecido
de acordar de manhã, dormir à noite,
e ser, o dia todo, como gente,
nunca curei, como previa, a lepra,
nem decifrei o delicado enigma
da letra morta que nos antecede.
Por muito te querer, talvez pudesses
dar-me um lugar qualquer mais adiante,
despir-te de pudor por um instante
e deixá-lo cobrir-me como um manto.
Autor: António Franco Alexandre
In Aracne
quarta-feira, 12 de dezembro de 2018
ama os teus sonhos
ashraful arefin
como o teu próximo
ou como os sonhos
do teu próximo
mas se o teu próximo
não tiver sonhos
convém mandar o teu próximo
para muito longe
donde não te possa
contaminar
Autor : Alice Vieira
In Olha-me como quem chove
terça-feira, 11 de dezembro de 2018
Eco
Vagas são as promessas e ao longe,
muito longe, uma estrela.
Cruel foi sempre o seu fulgor:
sonâmbulas cidades, ruas íngremes,
passos que dei sem onde.
Era esse o meu reino, e era talvez essa
a voz da própria lua.
Aí ficou gravada a minha sede.
Aí deixei que o fogo me beijasse
pela primeira vez.
Agora tenho as mãos vazias,
regresso e sei que nada me pertence
— nenhum gesto do céu ou da terra.
Apenas o rumor de breves sombras
e um nome já incerto que por mágoa
não consigo esquecer.
Autor : Fernando Pinto do Amaral
In Poemas Escolhidos
muito longe, uma estrela.
Cruel foi sempre o seu fulgor:
sonâmbulas cidades, ruas íngremes,
passos que dei sem onde.
Era esse o meu reino, e era talvez essa
a voz da própria lua.
Aí ficou gravada a minha sede.
Aí deixei que o fogo me beijasse
pela primeira vez.
Agora tenho as mãos vazias,
regresso e sei que nada me pertence
— nenhum gesto do céu ou da terra.
Apenas o rumor de breves sombras
e um nome já incerto que por mágoa
não consigo esquecer.
Autor : Fernando Pinto do Amaral
In Poemas Escolhidos
domingo, 9 de dezembro de 2018
Detalhes
Bebo
O frio da tarde entranhado em mim,
enquanto olho
O esvoaçar dos pássaros.
Vagueio, sobre a areia em andaimes
de vento
Com trilhos dúbios e sem fins
concretos
Ou genuínos.
Sorvo a vida apenas, e busco o
abraço das nuvens
E a luz do luar, que não demora
No silêncio da tarde agonizante.
E agarro o meu sonho, estilhaços de
cor e fantasia
Que ouso preservar como um tesouro
Só meu com fragmentos de sal e sol.
Autor : BeatriceM 2012-12-02
sábado, 8 de dezembro de 2018
quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
Já escondi um Amor com medo de perdê-lo,
Já escondi um Amor com medo de perdê-lo,
já perdi um Amor por escondê-lo. ...
Já expulsei pessoas que amava de minha vida,
já me arrependi por isso.
Já acreditei em amores perfeitos,
já descobri que eles não existem.
Já amei pessoas que me decepcionaram,
já decepcionei pessoas que me amaram.
Já passei...horas na frente...
do espelho tentando descobrir quem sou,
já tive já tive tanta certeza de mim,
ao ponto de querer sumir...
Já fingi não dar importância às pessoas que amava,
para mais tarde chorar quieta em meu canto...
Já acreditei em pessoas que não valiam a pena,
já deixei de acreditar nas que realmente valiam...
Já senti muita falta de alguém,mas nunca lhe disse.
Já gritei quando deveria calar,
já calei quando deveria gritar...
Já sonhei demais, ao ponto de confundir com a realidade...
Já chamei pessoas próximas de "amigo"
e descobri que não eram...
Algumas pessoas nunca precisei chamar de nada
e sempre foram e serão especiais para mim.
Autor : Clarice Lispector
terça-feira, 4 de dezembro de 2018
recado aos corvos
igor morski
Levai tudo:
o brilho fácil das pratas,
o acre toque das sedas.
Deixai só a incombustível
memória das labaredas.
o brilho fácil das pratas,
o acre toque das sedas.
Autor : A.M.Pires Cabral
o brilho fácil das pratas,
o acre toque das sedas.
Deixai só a incombustível
memória das labaredas.
o brilho fácil das pratas,
o acre toque das sedas.
Autor : A.M.Pires Cabral
domingo, 2 de dezembro de 2018
As noites
É tão imenso o silêncio - consentido
Em forma de abismos
E nas mãos
Apenas repousa o nada
Entrelaçados nos pés
.
Autor : BeatriceM
sábado, 1 de dezembro de 2018
Hino
no entanto onde nasci os homens têm sempre razão
e eu que não me interesso pela razão mas por outros sentimentos
teço silenciosamente à porta da minha casa
junto às outras mulheres da minha rua
a trama dos nossos instintos
e minha rua passa por outras cidades
atravessa países
não há fronteiras
tecemos todas nós o mesmo fio
matéria viva da nossa bandeira
Autor : Bruna Lombardi
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