Fomos poucos, mas tantos nesse dia
Em que Abrii renasceu no nosso canto
Que julguei ver crescer cravos de espanto
No pequeno salão que me acolhia
A chuva intensa e o vento que zunia
Silenciaram quase por encanto
E veio-nos cobrir o mesmo manto
Que há tantos anos tanto nos unia
Cinquenta anos passaram mas, em nós,
Que vivemos o Abril original,
Não esmoreceu ainda a sua voz:
Não esqueceremos, nunca, todo o mal
De quem nos condenava ao medo atroz
Que então amordaçava Portugal.
Autor : Mª João Brito de Sousa
23.03.2025
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Retirado daqui : https://poetaporkedeusker.blogs.sapo.pt/
4 comentários:
Obrigada, Beatrice Mar!
Um Feliz 25 de Abril, hoje e sempre!
A Maria João é de Abril e de todos nós.
Um abraço.
Beatrice, que lindo poema carregado de memória e esperança!
A força de Abril pulsa em cada verso, viva e resistente.
Mesmo após cinquenta anos, é impossível esquecer o quanto custou a liberdade.
Teu texto faz ecoar a importância de manter viva essa chama.
Os cravos continuam a florescer no coração de quem sonha.
Parabéns por essa partilha tão cheia de sentimento e verdade!
Abraços fraternos
Dan
https://gagopoetico.blogspot.com/2025/04/o-nome-do-mal.html
Grata pelo comentário, mas o Poema e da autoria da Maria João Brito de Sousa.
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