sexta-feira, 12 de novembro de 2021

Efemer__idade

 

O passar dos dias põe a cor grisalha
nos meus cabelos.
O tempo escasso é propício
ao esquecimento
e à lonjura da infância.

No meu olhar
e nos meus lábios
a marca da sede.

Eu espero o outono na beira
do abismo.
Choro por instinto só para enxugar a
face em frente ao espelho.

Autor : Solange Firmino
(No livro “Geometria do abismo”)

4 comentários:

- R y k @ r d o - disse...

Nascer, crescer, envelhecer. É a lei da vida. Poema que me emocionou.
.
Cordiais saudações.
.
Pensamentos e Devaneios Poéticos
.

brancas nuvens negras disse...

Esperamos o Outono à beira do abismo. Certo!

Cidália Ferreira disse...

A Vida é mesmo isto! Adorei :)
-
Silêncio tão denso...
-
Beijo, e um excelente fim de semana.

LuísM Castanheira disse...

O espelho cruel da real idade.
Outono, e da velha folha caída
ainda a beleza ao chão chegada.
Gostei
Um abraço