quinta-feira, 1 de julho de 2021

na casa do campo

 

naquela onde mais e menos vivo
a minha mãe prevalece e reza
como se me não tivesse
em maio de 45.

casa de campo e da ilha
minha febre água de bica
conrrendo nos meus sábados de lá ir
escutar os milhos escutar o povo.

mais e menos poeta
as noivas procuram-me de enxoval
nos braços
e eu desenho-lhes os sonhos
risco-lhes as toalhas e
vejo-as ir à igreja casar.

na casa do campo sou asceta.
cresço linho de bordar
ouço os sinos vou à missa
e como povo canto deus
para me cansar.

é nisto que reside
o meu correr de vivo o meu verbo ser-me.

Autor : Álamo Oliveira
Pintura : gustav klimt

2 comentários:

- R y k @ r d o - disse...

Imagem e poema sublimes
.
Cumprimentos
.
Pensamentos e Devaneios Poéticos
.

Cidália Ferreira disse...

Fantástico poema... Adorei :) 🌹
-
Amor em tempo de pandemia...
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Beijos, e um excelente dia...