sábado, 31 de outubro de 2020

Tu eras ...

 

Tu eras tambem uma pequena folha
que tremia no meu peito.
O vento da vida pôs-te ali.
A princípio não te vi: não soube
que ias comigo,
até que as tuas raízes
atravessaram o meu peito,
se uniram aos fios do meu sangue,
falaram pela minha boca,
floresceram comigo. 

Autor : Pablo Neruda
Imagem : Margarida Cepêda

4 comentários:

" R y k @ r d o " disse...

Paulo Neruda um poeta maravilhoso
.
Bom fim de semana
Cumprimentos

Cidália Ferreira disse...

Amei o seu poema! Obrigada pela partilha!
**
Olhar atento e saudoso...
*
Beijo, e uma excelente fim de semana.
Fiquem em casa, se puderem! :)

Mário Margaride disse...

Belíssimo poema de Pablo Neruda!
Excelente partilha!

Bom fim-de-semana!

Abraço poético!

Mário Margaride

LuísM Castanheira disse...

Neruda tinha um peito aberto à poesia
com raízes bem profundas. Belo poema.
Bjs B