sexta-feira, 30 de outubro de 2020

Havia qualquer coisa de santa

 

mas havia, também, qualquer coisa de louca
não sei se o jeito de olhar.
O atrever-se com as mãos
ou o recato do decote, tão íntimo.
Havia qualquer coisa de tímida,
mas, também havia qualquer coisa de exibicionista.
Não sei se o riso solto
ou a voz quase rindo, quase suspiro.
Havia qualquer coisa de pecado,
de sagrado também…
e profanava em mim
nas mãos que me descobria a alma 

Autor : Mariana Gouveia
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Imagem :Ruslan Bolgov

4 comentários:

brancas nuvens negras disse...

Um poema que revela autoanálise com verdade.

" R y k @ r d o " disse...

Poema e imagem fascinantes. A conjugação perfeita.
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Cumprimentos

Mário Margaride disse...

Entrei, li e gostei. Belo poema! Transcreve na perfeição, o sentir de ser mulher. Gostei muito!
Voltarei de novo a este cantinho.
Ótimo fim de semana!

Abraços!

Mário Margaride

Cidália Ferreira disse...

Poema bastante interessante!:)
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Olhar atento e saudoso...
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Beijo, e uma excelente fim de semana.
Fiquem em casa, se puderem! :)