sábado, 17 de novembro de 2018

Dia

Com um peso de cegueira a esmagar-me o cérebro,
Face queimada pelo vento contra
E trôpego dos passos que venci em vão,
Atinjo a hora convencional da noite
Em que não há descanso já
Pois o sono é vazio de si mesmo
E mais que nunca durmo só por fora.

Desperto?
Passou um dia? Um ano?

É cinzenta de chumbo a claridade.
É cinzenta de chumbo a escuridão.

No tempo que não pára
Este minuto Aqui
Quanto espaço nos rouba?

Autor : Edmundo Bettencourt
in poemas de edmundo de bettencourt

1 comentário:

Larissa Santos disse...

Poema fantástico... Adorei :))

Hoje com: Sussurras-me, beijas-me com o teu olhar. [Poetizando e Encantando]

Bjos
Votos de um óptimo Sábado.