sexta-feira, 14 de janeiro de 2022

Nômade


Decorei meu nome
para andar no sem rumo
dos abismos.

Observei os ventos
que se cruzavam
em desvios sonâmbulos
que estilhaçavam
os espelhos.

Vi as sereias chamando os marujos
nas praias bravas
que se desdobravam
e engoliam navios.

Percebi as sombras nos muros
das noites insones.

Fui cúmplice do brilho das estrelas
e do silêncio deslumbrado
das manhãs de verão.

Autor _ Solange Firmino
In “Geometria do abismo”

2 comentários:

" R y k @ r d o " disse...

Fotos e poema, deslumbrantes. O meu agrado e elogio
.
Feliz fim-de-semana … Cumprimentos poéticos
.
Pensamentos e Devaneios Poéticos
.

brancas nuvens negras disse...

Como, poeticamente, se descreve um percurso de vida.
Um abraço.