sábado, 15 de janeiro de 2022

Labirinto ou Procura Iniciática

Natalia Drepina (@yourschizophrenia)

Tudo é labirinto e forma inútil
Vã glória e beleza efémera. 

Beijo a beijo, flor a flor,
Vão chegar os dias transparentes.
O ardor da casa pedra a pedra
Os degraus da sapiência transmutável
Com que os bosques guardam
As falas de antiquíssimos anéis.
 
Virão; estou convencido, novas melodias,
O silêncio cantado na pausa da escrita.
Novos rostos, novas mãos para afagar
O brilho das estrelas num inextinguível amor
Partilhado, na forma mais pura do voo,
No olhar mais cristalino de etérea profundidade.

Na noite a luz dos espelhos definem-te os contornos.
Mas, só as palavras sussurradas incendeiam a pele
E fazem da nascente o sortilégio de todos os desígnios. 

Autor : Joaquim Monteiro, in “À Janela do Teu Corpo”, página 102

3 comentários:

" R y k @ r d o " disse...

Imagem e deslumbrante poema a formar a harmonia poética perfeita. Gostei muito de ver e ler
.
Sábado feliz … Cumprimentos poéticos
.
Pensamentos e Devaneios Poéticos
.

brancas nuvens negras disse...

Acreditamos que um mundo novo virá.
Um abraço.

Paula Saraiva disse...

Adorei a imagem e o poema, lindíssimo.

Beijinhos e tenha um excelente fim de semana.