Oriol Angrill Jordà
A mulher que por mim passou na rua, há pouco,
foi uma coisa diáfana, gentil,
cedo, a pairar
na sombra dum jardim
com flores, em baixo, ajoelhadas,
ao senti-la na altura,
e mandando-lhe o aroma em lágrimas, desfeito,
para mantê-la em uma nuvem branca...
.
Mulher, coisa diáfana, vaga e bela, sem desenho,
logo fluido animando o colo duma nuvem, nuvem,
num ápice, trucidada pelo vento!
Autor : Edmundo Bettencourt
in 'Rede Invisível'
1 comentário:
Um poema magistral. Adorei. Parabéns
Espero por si no nosso blogue:))
Hoje:- Sinto-me o jardim mais florido da solidão [POETIZANDO]
Bjos
Votos de um óptimo Sábado
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