I.
Na cidade não se falava de amor
mas eu amava
e resistia à cidade
porque falava de amor.
II.
Uns viviam em ruas com nome
de escultor,
outros viviam em ruas com nome
de pintor,
muito poucos viviam em ruas com nome
de gente.
III.
Na cidade tudo era circular:
terminava no mesmo ponto
em que começava.
Redondos, inúteis,
sobrevivíamos
como as montanha lá ao fundo.
Autor : Filipa Leal
in A cidade líquida e outras texturas (deriva
1 comentário:
Gostei muito :))
Hoje:- Caminhos da ilusão...
Bjos
Votos de uma óptima Quarta - Feira.
Enviar um comentário