Que nos trazes a não ser
lágrimas cada vez mais,
natal eterno a nascer
de outros natais…
Ligeira esperança que toca
os nossos olhos molhados
e o sangue da nossa boca,
amordaçados…
Ah bruxuleante luz
acenando ao longe em vão
e que a dor nos reproduz
em ilusão…
Ternura dum breve instante
que o próprio instante desterra,
morta no facto constante
de tanta guerra…
Autor : António Salvado
3 comentários:
Nem tudo no Natal são cânticos e amizade. Grande poema de António Salvado, tenho boa memória dele, sempre me enviava alguns dos seus livros.
Bom Natal BeatriceMar.
Um abraço.
Independentemente da publicação que li com muito gosto, passa a fim de deixar votos de um Feliz e Santo Natal, extensivos à sua família e amigos. Que no seu LAR haja Saúde, Paz e Amor
.
Pensamentos e devaneios poéticos
.
A poignant and moving reflection on the contrasts of hope and suffering—thank you for sharing your thoughts. Wishing you a gentle and serene Christmas. 🎄
Enviar um comentário