Julie Waroquier
Respira. O oxigénio espera da tua esfera
de cor o teu afago a tudo.
O oxigénio é meigo. Ele às vezes consegue
sair das folhas verdes sem ruído no escuro.
Como um ladrão que rouba o próprio sangue
e o leva ao inimigo assim ele anda
à procura de casa onde se aqueça
vendo que em pedra e telha a traz consigo
Respira. O oxigénio espera o teu relógio
de luz o teu sorriso claro.
O oxigénio é meigo. Ele às vezes constrói
Uma impossível casa à beira do teu lábio
Autor : Maria Alberta Meneresin Cem Poema Portugueses no Feminino
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