domingo, 26 de abril de 2015

A dieta


Deitei-me sem jantar, naquela noite
sonhei que te comia o coração.
Suponho que seria pela fome.
Enquanto devorava aquela fruta
─ era doce e amarga ao mesmo tempo ─
tu beijavas-me com os lábios frios,
mais frios e mais pálidos que nunca.
Suponho que seria pela morte.

Autor : amalia bautista

2 comentários:

Anónimo disse...

Boa noite.Parabéns pelo poema.
Intenso e belo.
Abraço.
Um ótimo domingo.

Manuel Veiga disse...

de bago em bago, como beijos roubados...