Falei de ti com as palavras mais limpas
Viajei, sem que soubesses, no teu interior.
Fiz-me degrau para pisares, mesa para comeres,
tropeçavas em mim e eu era uma sombra
ali posta para não reparares em mim.
Andei pelas praças anunciando o teu nome,
chamei-te barco, flor, incêndio, madrugada.
Em tudo o mais usei da parcimónia
a que me forçava aquele ardor exclusivo.
Hoje os versos são para entenderes.
Reparto contigo um óleo inesgotável
que trouxe escondido aceso na minha lâmpada
brilhando, sem que soubesses, por tudo o que fazias.
Foto;Hirondelle
4 comentários:
Excelente
Grato pela partilha
Um poema de uma ternura imensa, que aquele homem possuía de uma forma tão característica!
Que em 2012 possas concretizar muitos dos teus projectos e que ele venha bem menos farrusco do que o pintam.
Um grande abraço!
o "velho" FAP por aqui! que bom...
beijo
Muito bom continue, bj
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