sexta-feira, 28 de fevereiro de 2025

Meu amigo perdoa-me


Meu amigo perdoa-me
se espantei as gazelas
para um canto do sótão
se me cresceram músculos
neste olhar-te neste cuidar que dá cuidado.

Mas do alto dos seios
no ruir das lamparinas
vale a pena olhar-te. Daqui
da mais sincera pobreza
onde permaneces apenas tu
adão e erva
e o céu manchado pelas libelinhas.

Autor : Catarina Nunes de Almeida
 in Bailias
Imagem: Amber Ortelano

2 comentários:

" R y k @ r d o " disse...

Adão e Erva? Não será Eva?!
Gostei de ler.
Cumprimentos poéticos

brancas nuvens negras disse...

Há momentos em que nos sentimos culpados.
Um abraço.