Antes de partir para as montanhas espalharei os
poemas pelo chão como quem abre um mapa pela
última vez. Como quem relembra o extenso areal dos
dias, a incansável rotina dos comboios, a infinita
conversa com as nuvens.
Quando partir para as montanhas deixarei os poemas
pelo chão como quem renega todos os mapas. Levarei
apenas o meu corpo para que ele me fale do teu.
Autor : Rui Miguel Fragas
In O Nome das Árvores. Poética Edições, 2014.
1 comentário:
O despojamento é um acto nobre.
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