Se outras preferiam os tecidos de seda
do desejo
ela dava-se à ganga coçada
do amor
depois de noites mal dormidas.
Derivava pelas ruas perdidas
de uma cidade de luzes aquosas
opostas ao comércio
livre jogando a não ser vista
senão nos inquietantes interlúdios
das árvores.
Pautávamos os nosso sonhos
pelos seus inaudíveis passos,
toques insistentes à porta
a desoras e sem avisar.
Nunca fomos tão felizes
como quando arrancados
literalmente da cama
a seguíamos pelas alamedas
até a um mar sem dano.
Porque de praias e luz
era feito o nosso corpo,
essa espécie de fome.
Autor : Jorge Gomes Miranda
Imagem : Natalie Karpushenko
2 comentários:
Imagem e poema fascinantes de ver e ler. Gosto demais.
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Um Sábado feliz … Saudações cordiais.
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Pensamentos e Devaneios Poéticos
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Que poema intenso, maravilhoso!! Amei :)
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Pintam flores com aguarelas
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Beijo. Bom fim de semana!
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