Madruguei demais. Fumei demais. Foram demais
todas as coisas que na vida eu emprenhei.
Vejo-as agora grávidas. Redondas. Coisas tais,
como as tais coisas nas quais nunca pensei.
Demais foram as sombras. Mais e mais.
Cada vez mais ardentes as sombras que tirei
do imenso mar de sol, sem praia ou cais,
de onde parti sem saber por que embarquei.
Amei demais. Sempre demais. E o que dei
está espalhado pelos sítios onde vais
e pelos anos longos, longos, que passeià procura de ti.
De mim. De ninguém mais.
E os milhares de versos que rasguei antes de ti, eram perfeitos.
Mas banais.
Autor : Joaquim Pessoa, in 'Ano Comum'
2 comentários:
FABULOSO POEMA
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Saudações poéticas.
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Pensamentos e Devaneios Poéticos
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Excelente texto! Amei :))
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Tu, eu, e a nossa cumplicidade (da mana)
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Beijos, e uma excelente noite :)
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https://duasirmasmaduras.blogspot.com/
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Apresento-vos um blogue da minha mana mais nova que se iniciou na escrita. Blogue onde também escrevo, para ela. Visitem, sigam e linkem. Obrigada
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