O cemitério é ali.
Casa de gente pobre;
Serenidade e sono calmo.
Apenas lá do alto sobre
Ele, uma nuvem a aguardá-lo.
Uma nuvem calma,
Sem ânsias, sem histerismos...
Ali na total ausência d'alma,
Serenamente, eu sinto
Que não há abismos.
Quem os traz é ela
A animar os impossíveis
Devaneios d'uma estrela.
Autor: António de Navarro (1902-1980)
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