Detestei sempre os arquitectos de infinito:
como é feio fugir quando nos espera a vida!
Nunca tive saudades do futuro
e o passado... o passado vivi-o, que fazer?!
- e não gosto que me ordenem venerá-los
se eu todo não basto a encher este presente.
como é feio fugir quando nos espera a vida!
Nunca tive saudades do futuro
e o passado... o passado vivi-o, que fazer?!
- e não gosto que me ordenem venerá-los
se eu todo não basto a encher este presente.
Não tenho remorsos do passado. O que vivi, vivi.
Tenho, talvez, desprezo
por esta débil haste que raramente soube
merecer os dons da vida,
e se ficava hesitante
na hora de passar da imaginação à vida.
As pazadas de terra cobrindo o que já fui
sabem mal, às vezes; noutros dias
deliro quando lanço à vala um desses seres tristonhos
que outrora fui, sem querer.
Autor : Adolfo Casais Monteiro
in 'Sempre e Sem Fim'
in 'Sempre e Sem Fim'
1 comentário:
Tristes momentos... Paz às suas almas:((
Hoje, com a participação de ambos:- Páscoa :- JESUS é Amor, Luz, Felicidade (Poetizando e Encantando)
Bjos
Votos de uma óptima noite, e uma Santa Páscoa.
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