Na casa antiga, cada um de nós levava
consigo um candeeiro, com que arrastava
o seu duplo de penumbra e de sombra.
A chama do petróleo ardia junto à boca,
podíamos devorar a própria luz.
Chamas nos queimavam as entranhas
e em archotes vivos nos tornaram,
vagueando por corredores e por escadas
atrás do Outro, que nada nos dizia.
Autor : Fiama Hasse Pais Brandão
1 comentário:
Bom dia. Passando para me deliciar com as suas publicações. Imagem deslumbrante. Poema de elevada estrutura poética.
.
Tema de hoje
Manhã, nascer do sol, solfeja a cigarra no arvoredo
.
Deixo cumprimentos amigos.
.
Enviar um comentário