Deixei-te só, à hora de morrer.
Não percebi o desabrigado apelo
dos teus olhos
Humanismos, suaves, sábios, cheios
de aceitação
De tudo... e apesar disso, sem o
pedir, tentando
Insinuar que eu ficasse perto,
Que, se me fosse, a mesma era a
tua gratidão.
Não percebi a evidência de que
ias morrer
E gostavas da minha companhia
por uma noite,
Que te seria tão doce a minha
simples presença
Só umas horas, poucas.
Não percebi, por minha grosseira
incompreensão,
Não percebi, por tua mansidão e
humildade,
Que já tinhas perdoado tudo à
vida
E começavas a debater-te na
maior angústia, a debater-te com a morte.
E deixei-te só, à beira da
agonia, tão aflito, tão só e sossegado.
Autor : Cristovam Pavia
Sem comentários:
Enviar um comentário