todos os nomes podem ter uma coisa
que pode não ter nome.
não sei se é o tempo, se há tempo
ou se há um tempo, sequer.
os meus dedos são o que eu quiser,
mas tocar-te, sejam eles o que forem,
só se o desejares. o resto, nesta matéria:
são invenções ou coisas de outra razão,
que não a minha. ou palavras. ou nomes.
mas eu sonho. pouco importa a cor
ou o nome. sonho, como respiro.
respira. podes colar estrelas no céu,
embalar a dor e ter mapas no corpo.
poderemos não ter que atribuir um nome
a tudo e, ainda assim, comer laranjas.
Autor : Henrique Caldeira dos Santos
http://aurorar.blogspot.pt/
Sem comentários:
Enviar um comentário