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É estranho este sentir em que nada sinto,
Este morrer que semelha uma outra lida
Ao lavrar estranha emoção jamais sentida
Pois não escrevo pensando, mas por instinto.
Sendo justo, escrevo tão-só o que pressinto,
O que não sentirei nesta coisa nunca tida,
Para uns existência, para mim triste vida
De cuja ausência no que faço me ressinto.
Sou assim, nada há a fazer. E, ao sê-lo,
Melindro quem s’atreve a ter piedade,
A nutrir por mim certo dó, sem merecê-lo,
Pois só então sei ser para ser de verdade
Quem julgo ser quando tento esquecê-lo,
Esse que sou, mas do qual não tenho saudade.
LC dixit
Autor : Luís Corredoura
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