domingo, 2 de setembro de 2012

O tempo (quente)



O tempo (quente)
Entontece-me o corpo
Esvazia-me os sentires (transmuta-me)
Em mulher ave – que sonha um voo (imaginário)
Com asas emprestadas
Que tem poderes inúteis mas sabe
Desenhar arco-íris
Mulher que segura um punhal
E estilhaça sonhos
Que desafia marés e que sonha asas-de-cetim
Com fragmentos de luares

BeatriceM  2012-09-02

3 comentários:

mfc disse...

Um poema em que as contradições que nos envolvem são ditas de uma forma superior e bela!
Beijinhos,

Mar Arável disse...

Com asas assim

nem precisa de ter asas

é só voar

EXPEDITO GONÇALVES DIAS disse...

Enigmático! Lindo texto, Beatrice.
Abraços!!!