deixei-te partir sem
recriminações
sem palavras, nem ecos
apenas silêncios
silêncios
quando a porta se fechou
olhei-me e não me vi
apenas senti-me num chão
sem chão
ferida e magoada,
anestesiada
como se estivesse dentro
de água
em hipotermia crescente
e pensei no cheiro das
gardénias
que um dia tive no
parapeito da janela
.
Autor : BeatriceFoto: api
5 comentários:
As gardénias voltarão... ao som de um tango de Gardel!
que o perfume da gardénias te seja afago... e promessa.
beijo
Belas gardénias
o perfume das memórias
à janela
Na vida, tal como na primavera, tudo renasce e se renova... até o amor! Mas o cheiro das gardénias, vai perdurar no tempo no parapeito da janela...
Beijos,
AL
Depois de tão ferida e magoada, a lembrança de um cheiro é o suficiente para dar aquela sensação de aconchego, de abraço, de voltar a casa, de que tanto precisa nessa hora.
A foto é belíssima e o poema maravilhoso.
Beijinho.
Enviar um comentário