domingo, 6 de novembro de 2011

Ainda


tantas vezes – ainda
são a memória dos teus dedos que me tocam
que deambulam 
e correm como um rio na procura desenfreada
da foz
no meu corpo
ainda – sempre – teu.

tantas vezes – ainda
chega-me o cheiro verde de mentol
do teu hálito no meu

e o corpo – o meu
ainda - sempre
continua solitário - à espera do teu.
.
Autor :Beatrice
Foto:Rishka

5 comentários:

mfc disse...

Um novo poema lindo de um desejo que aguarda o conforto e a doçura do outro corpo que o complete...
Poeticamente belo...belo!

Manuel Veiga disse...

transmutação do desejo. à flor dos corpos...

beijo

Mar Arável disse...

Os desejos também se conquistam

Belo com vida por dentro

Vítor Fernandes disse...

Tarda a espera, quem sabe a recompensa seja melhor que a esperada.

Virgínia do Carmo disse...

Quando esperamos ainda não morremos.

Gostei muito do blogue e do poema.

Tudo de bom para si
[e obrigada por incluir o meu blogue na sua lista]