domingo, 12 de junho de 2011

se alguém

se alguém disser que morri, avança até à varanda do céu,
escuta a noite e recolhe o meu corpo da espuma dos planetas.
não deixes que o meu rosto se dissolva nas tuas mãos,
insiste no meu nome até que o mar ascenda à tua boca.
e de luar em luar celebra o coração que fiz teu, mudamente,
como se o amor fosse sobreviver às veias paradas de sangue.

Autor : Vasco Gato in «Um Mover de Mão», pág. 21
Foto: Maarko

3 comentários:

Mar Arável disse...

Não há morte

nem princípio

Manuel Veiga disse...

nomeia-me e serei...

pelo "nome" somos.~

gostei muito

beijos

Luna disse...

o amor é o unico sobrevivente ele vive no universo
bjs