segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Sei que o silêncio morde a minha boca



Sei que o silêncio morde a minha boca.
Hoje, na melancolia de um fim de tarde,
Chamei por uma estrela solitária.
Essa que morreu antes de chamar pelo teu nome.
Sei hoje que a tua ausência
É a voz do silêncio do meu corpo,
O tempo que faltou ao nosso encontro,
Se pudesse ser outro que não eu
Talvez me pudesse despir de antigas mortes
E olhar-te na madrugada súbita dos teus olhos
E dizer-te que amanhã
É sempre o dia em que te procuro.
Amanhã, será sempre o dia em que te digo
“Amo-te”
.
Autor : Paulo Eduardo Campos in «Na serenidade dos rios que enlouquecem»

2 comentários:

Mar Arável disse...

Um bom presságio

Manuel Veiga disse...

começar o ano sob o signo do amor. belo poema.

beijo

BOM ANO