
Só queríamos um espaço
rasgado
onde fosse possível voar
sem olhar os pássaros
um silêncio de pavio
a preto e branco
um qualquer infinito
onde cruzássemos outros timbres
e fossemos a última folha
do outono
em pleno voo
Só queríamos afagar a nudez
em todos os póros
e foi tão pouco
que ainda hoje te procuro
neste dédalo de brumas
precisamente
no lado incerto do espelho
onde me dispo.
.
Autor: mar arável http://mararavel.blogspot.com/
Foto:mAja
3 comentários:
Bem-vinda ao meu mar
belo poema. de um "senhor Poeta"...
[como se do silêncio, o lado inverso do poema, acontecesse a tempestade, o corpo intemporal da palavra]
um imenso abraço, Beatrice
Leonardo B.
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