sexta-feira, 7 de junho de 2024

Vem


Vem às vezes ver-me,
para partir o silêncio de uma lenta agonia
que na memória guarda.

Atar-se tantos nós não servia para nada.

Di-lo com os olhos afundados na chuva
e assim nasce a sua sombra
no céu quebrado que esconde o abandono.

autor : ana merino
trad. joaquim manuel magalhães
imagem Julie de Waroquier

1 comentário:

brancas nuvens negras disse...

Todos esperamos alguém.