Por ti escrevo o desenho do sol
sobre as macieiras,
o destino da minha sombra
na terra.
Estás longe,
no fulminante calendário
das emoções.
As folhas que pisaste
no último outono
ardem agora,
rutilantes e húmidas,
na tarde vazia.
Cantas na memória
como no primeiro dia,
os dedos cegos como frutos.
Sabes?
O odor dos eucaliptos
é setembro a beijar
a cor dos teus olhos.
Autor : Eduardo Bettencourt Pinto
Imagem : Andrea Hubner
1 comentário:
Recordamos alguém nas pontas de recordação que acordam a memória.
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