À sombra da tua ausência
Repouso os meus olhos
Fechados, inertes
Vagueiam por mim
Procurando destroços
Em que despertes,
De repente…
Sei-te ausente,
- Mesmo…
Sei que não posso
esperar-te
- De todo…
Mas este vício
De aguardar-te
Prende-me como lama,
Lodo
Atrofiante, espesso…
E como nódoa
Entranhada
Permaneces como gesso
Colado à parede
Do meu afecto
Qual vinagre
Na minha sede
Qual erro
De tudo
Quanto em mim
Está certo…
Autor: de Virgínia do Carmo
Imagem Anna Heiumkreiter
2 comentários:
Difícil aceitar a ausência de quem se estima.
Um excelente poema!! :)
.
Felizes das Crianças...
.
Beijo, e um excelente dia!
Enviar um comentário