julie de waroquier
fechaste a porta devagarinho e foste
morrer de mim como se morre
de doença que ninguém espera
e por momentos ainda acredito que
o nosso tempo é este que o relógio guarda
embora saiba que nunca
há relógios certos para o tempo
de quem nos abandona
e as sombras que as persianas desenham nas paredes
servem apenas para tentar salvar a vida de quem
vai regressar em teu lugar
e nem entende por que o chamaram
Autor : Alice Vieira
in OS Armários da Noite(Caminho 2014)
3 comentários:
Gosto tanto deste poema...
há sempre um tempo se o desejarmos...
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~ ~ ~ Excelente! ~ ~ ~
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