quarta-feira, 22 de julho de 2015

Pequeno Poema

Gustav Klimt
quando eu nasci
ficou tudo como estava.
Nem homens cortaram veias,
nem o Sol escureceu,
nem houve estrelas a mais...
Somente,
esquecida das dores,
a minha Mãe sorriu e agradeceu.
Quando eu nasci,
não houve nada de novo
senão eu.
As nuvens não se espantaram,
não enlouqueceu ninguém...
Pra que o dia fosse enorme,
bastava
toda a ternura que olhava
nos olhos de minha Mãe...


Autor: Sebastião da Gama
in Antologia Poética(edição póstuma)

1 comentário:

LuísM Castanheira disse...

este poema é um hino à natalidade.
belo e profundo.