Descalço eu destruo o calçamento com meus pés de chumbo.
Sobre a minha construção eu defeco cimento cinza.
Ou revisto o chão do meu quintal com caveiras (cabeças) de todo o mundo.
Um vírus letal destrói os neurônios de minha cabeça.
O mundo que eu construo não piso descalço pois são espinhos de aço.
Sobre o meu chão uma poça de sangue.
Construo cabeças em meu mundo cruel.
Construo calçadas e sobre elas eu defeco.
Paralelepípedos que me lembram colmeias mas sem abelhas e mel.
Descalço ando pelo chão do meu mundo destruído pela bomba da inveja.
Autor : André Francisco Gil
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