Estou doente! A médica diagnosticou-me um vírus e mandou-me
para casa com baixa médica e em repouso absoluto. Regressei dos serviços
médicos,meio morta, meio viva, passei no supermercado, comprei leite, ovos,
cereais e massas, e meti-me na cama. Não consigo abrir os olhos, doí-me o corpo
todo e vou fica aqui a hibernar até que me passe a virose. Coloquei o telefone
em sinal de vibrar mas já decidi que não vou atender ninguém. Ninguém. Ninguém também se aplica a ti.
Hoje sinto o mar ainda mais perto. Está bravo e eu oiço-o como se estivesse a
entrar-me em casa, e sei que é impossível, eu vivo num 4ºandar. O vento assobia
lá fora, daqui a nada chove. Também não interessa. Vou ficar aqui a contar a
solidão e a tentar massacrar a dor que
se entranhou em mim. Não estou alegre nem triste, estou doente. Não vou atender
o telefone. Não vou!
Também nem telefonaste.
5 comentários:
Momento de nostalgia.
Espero que esse momento dê lugar à alegria e que aproveite bem o fim de semana, com o sol a raiar e o mar a sussurrar.
Beijo.
Nem um vírus impede que os pensamentos voem e que um "alô" se espere. Instantes de reflexão em que a vida pede silêncio. Bjs.
Um monólogo que bem gostaria de ser diálogo, sobretudo porque estar doente sozinho faz doer muito mais.
Um beijo
... mas pressente-se a espera a vibrar.
beijo
É preciso não deixar
de tilintar
para alívio da dor
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