domingo, 27 de março de 2011

Cavaleiro Imaculado



Lânguida a noite,
solar o desejo
assim explícito...

Línguas de fogo
Em teu corpo aberto...
Dolente palavra sussurrada...

Entrego-me. tomo-te!...
Dedos alucinados
Secretos sacrários!...

Volúpia liquefeita!...

Odor de teu sexo
vem da brisa da noite
que nos abraça...

Assim ficamos
fora de Tempo
Tu, a noite, a brisa
- Gosto de sal e mel!

Sou guerreiro imaculado
de um culto antigo:
Vestais me cobrem
em ara de Desejo!..

Autor :-Senador.
Foto:  AJB-baj

3 comentários:

almaro disse...

beatrice: fui surpreendido. hoje. pelo gesto e pela presença. a tua. não foram seque rãs palavras mas a presença, a sombra que se passeava nelas ( nas palavras, nas minhas). a sombra colorida do teu olhar sobre os sentires dispersos que fui semeando pelos meus espaços. tenho andado ausente, por mil razões do destino, coisa complicada esta coisa do destino que nos atropela os passos que me acompanham desmemórias. nunca te tinha visitado no teu espaço , nem dado conta ( eu que ando de olhos sempre a saltitar para tudo) das tuas escolhas sobre o que fui retratando com as letras que me fugiam do ver. não me perdoo-o . fica aqui escrito, porque não encontrei outra forma, um enorme obrigado.

Mar Arável disse...

Línguas de fogo

Manuel Veiga disse...

belissima ilustração de um poema solar. ardente...

beijos