
Comovem-me ainda os dias que se levantam
no deserto das nossas vidas.
Dos belos palácios da saudade
não resta a impressão dos dedos nas colunas
fendidas, e nada cresce nos pátios.
Muito além, depois das casas, o último
marinheiro continua sentado.
Os seus cabelos são brancos, pouco a pouco.
Aqui, tudo se resume a algumas tâmaras que
secaram ao sol,
longe do orvalho,
das fontes que pareciam nascer de um olhar
turvo sobre a sede da terra.
Comovem-me ainda as palavras que dizias
aos meus ouvidos aprisionados pela música.
Comovem-me as cadeiras vazias, no pátio.
Lembro-me sempre de ti.
Autor :José Agostinho Baptista
Esta voz é quase o ventoAssírio & Alvim, 2004
Foto:alessandraa
no deserto das nossas vidas.
Dos belos palácios da saudade
não resta a impressão dos dedos nas colunas
fendidas, e nada cresce nos pátios.
Muito além, depois das casas, o último
marinheiro continua sentado.
Os seus cabelos são brancos, pouco a pouco.
Aqui, tudo se resume a algumas tâmaras que
secaram ao sol,
longe do orvalho,
das fontes que pareciam nascer de um olhar
turvo sobre a sede da terra.
Comovem-me ainda as palavras que dizias
aos meus ouvidos aprisionados pela música.
Comovem-me as cadeiras vazias, no pátio.
Lembro-me sempre de ti.
Autor :José Agostinho Baptista
Esta voz é quase o ventoAssírio & Alvim, 2004
Foto:alessandraa
2 comentários:
Beatrice,
Assim é o reverso da euforia, o lugar de uma luz gelada que fixa os recortes da vertigem, um rosto cansado que enfrenta a sentença das pequenas horas...
Um beijo!
AL
Olá, boa noite!
Passei para ver as novidades.
e desejar bom fim de semana.
Bjs
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