sábado, 12 de setembro de 2009

Na solidão da mesma noite


Na solidão da mesma noite
e do mesmo monte
onde vasos
de luz ainda há pouco se entornavam.

Com a palma da mão
cobrindo os olhos, na retina
o fluxo de antigos silêncios,a ciência do poente perdida
na terra firme do quarto
onde há-de caber sempre

o rosto de uma figura romântica
cismando sobre um mar de nuvens.


Autor: Rui Lage
Foto:art-dg

1 comentário:

Luís Mendes disse...

mas que bom. muito bom. o poema.