Sempre soube quem eras, embora a razão se contraísse em mim cega e surda.
Eu sentia-me como um cão escorraçado, e tu sabias entrar no meu olhar, e as palavras para comigo eram como um afago que matava a sede a quem sempre a tivera por saciar.
Sempre soube quem eras.
Uma presença que era apenas uma sombra e que apenas fazia sol quando dele necessitava.
Uma ilusão incandescente, quem em mim vivia, mas, só em mim.
Fizeste-me bem, muito bem, na mesma simetria que mal, muito mal.
Mas, existe o tempo para mitigar os nossos erros e com eles aprender algo.
Sempre soube quem eras.
Por isso, vou sem queixas, apenas deixo a quimera se desvanecer.
Na tarde.
E fecho os olhos para o sol não me encandear.
Afinal !
Quem nunca viveu uma quimera aquiescida?
Autor : BeatriceM. 2023-01-29
3 comentários:
POEMA BRILHANTE ... FASCINANTE DE LER
.
Domingo feliz
.
Pensamentos e Devaneios Poéticos
Uma prosa poética sublime. Obrigada
.
Nesta timidez onde me encontro...
.
Beijos
Bom Domingo!
O que nos leva a aceitar aquilo ou aquele que sabemos ser negativo? Que fenómeno se passa com a nossa lucidez?
Enviar um comentário