Victor Bauer
Fica longe o sol que vi,
aquecer meu corpo outrora...
Como é breve o sol daqui!
E como é longa esta hora...
Donde estou vejo partir
quem parte certo e feliz.
Só eu fico. E sonho ir,
rumo ao sol do meu país...
Por isso as asas dormentes,
suspiram por outro céu.
Mas ai delas! tão doentes,
não podem voar mais eu...
que comigo, preso a mim,
tudo quanto sei de cor...
Chamem-lhe nomes sem fim,
por todos responde a dor.
Mas dor de quê? dor de quem,
se nada tenho a sofrer?...
Saudade?...Amor?...Sei lá bem!
É qualquer coisa a morrer...
E assim, no pulso dos dias,
sinto chegar outro Outono...
passam as horas esguias,
levando o meu abandono...
Autor : Alda Lara
3 comentários:
Poema lindo demais. Parabéns. Adorei
Hoje:- Serenata em telepatia
.
Bjos
Feliz Terça-Feira
Olá, que lindo poema, adoro poemas e amei o seu cantinho, muito encantador.
Já estou te seguindo, tem um poema no meu blog te esperando, se gostar do meu cantinho, me segue também, ficarei muito feliz, bjus.
Beatrice, belos versos compondo este poema de Alda. Um abraço daqui do sul do Brasil. Tenhas uma boa noite, uma boa semana e um bom ano.
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