Dobrei aquela esquina. Ali num canto,
Um pobre vagabundo mais um cão...
Olhei com atenção... P'ra meu espanto,
O cão comia, o vagabundo não!
Nos olhos seus não vi temor ou pranto,
Nao senti dor, tristeza ou solidao...
O vagabundo olhava-o com encanto,
O cão lambia alegre a sua mão...
Ao longe, na mansão iluminada,
Ouviam-se cantar na madrugada
Cantigas de louvor ao Deus-Menino.
E o vagabundo olhava entre as estrelas,
Agradecendo ao cão as coisas belas
E a prenda que lhe pôs no sapatinho.
Autor : Josė Sepúlveda
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