Tento encontrar a minha boca
na tua boca
porque me ficaste com as palavras
quase todas
porque levaste a mão à boca
depois do beijo
porque respiras na cadência
com que eu respiro
tento encontrar as minhas mãos
nas tuas mãos
porque me ficaste com as carícias
quase todas
porque deixei os meus dedos
nos teus dedos
porque respiras na cadência
com que eu respiro
tento encontrar o meu sexo
no teu sexo
porque me ficaste com o meu lume
quase todo
porque me deixaste abrigar-me
nesse céu
porque respiras na cadência
com que eu respiro
Nasço do mistério
do beijo
da carícia
das tuas entranhas.
Aqui estão as minhas escolhas do que considero melhor em Poesia,Prosa Poética e Fotografia. Domingo é dia de trabalhos de minha autoria.
sábado, 30 de setembro de 2023
Procuro-me
sexta-feira, 29 de setembro de 2023
É tarde meu amor
quinta-feira, 28 de setembro de 2023
Miopia
domingo, 24 de setembro de 2023
_._
sábado, 23 de setembro de 2023
...
sexta-feira, 22 de setembro de 2023
Cântico de Barro
quinta-feira, 21 de setembro de 2023
Retrato
quarta-feira, 20 de setembro de 2023
Aceitar o dia .O que vier
terça-feira, 19 de setembro de 2023
Pele
domingo, 17 de setembro de 2023
hoje as estrelas,
sábado, 16 de setembro de 2023
A Questão deste Corpo
sexta-feira, 15 de setembro de 2023
Setembro
quinta-feira, 14 de setembro de 2023
Não sei,
quarta-feira, 13 de setembro de 2023
ver o nome real do poema
terça-feira, 12 de setembro de 2023
saudade
diverso cada dia do que foste;
cada imperfeito gesto que inventares
me fará desejar-te em outro verso.
Da arte do soneto feito mestre
no concurso sem regra da floresta,
na mais pequena folha te descubro
e no caule do vento é que te perco.
Da turva luz já retirei o emblema
que me sirva de rosto permanente
e venha o cabeçalho do poema;
e pedirei à noite que me empreste
um farrapo do manto incandescente
de que se veste, agora, para ter-te.
Autor : António Franco Alexandre
Imagem : Ziqian Liu
domingo, 10 de setembro de 2023
penso...
domingo, 3 de setembro de 2023
Tenho memórias
podem ser apenas divagações, que não sei situar no tempo,que foi meu ou talvez não, em mim carrego um caos de coincidências,ou serei que vivi outra vida e não me lembro?
Todavia a vida que me foi ofertada,
é para viver com as memórias, ou os sonhos que protejo,
ainda e sempre,
dentro do caos que edifiquei, dentro de mim.
Autor : Beatrice 2023-09-03
sexta-feira, 1 de setembro de 2023
O profundo azul da noite
O azul que me veste as mãos por dentro
é ainda o profundo azul da noite
em que bebi no sal da tua pele
o branco aceso do meu corpo
e o silêncio da aragem miúda
que antes da chegada do vento
te havia de romper os olhos
em lágrimas de espanto e sede
Autor : Ana Oliveira