domingo, 18 de janeiro de 2015

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Saul Landell

Sim sou um homem de ninguém
tenho o vento por sentido
e a lua por amante
a vida essa ao contrário do que pensas
é vivida no fundo de uma estrada sem fim
há sempre mais a alcançar
...a viver.
Não roubo amor porque o sinto
...roubo a alma.
Vou para lá do sentir
...do tocar
...do continuar.
Não quero compaixão
apenas te digo que caio
...bato
em dias de tempestade com a alma no lama e sinto
...o cheiro da terra
do ventre da mulher que anseio novamente.
Conheço o teu desespero
quando olhas o mar e vens até mim
em sentidos ocultos pelas brumas do amanhecer.
Sim sou um homem de ninguém
mas todos os dias vou renascer!

Autor : Fernando Sousa
F__S

1 comentário:

Patrícia Pinna disse...

Boa tarde. Belíssima poesia.
Pertencer a si mesmo, ser um ser solitário que vez em quando busca um abrigo necessário pode trazer muitas dores.
Todos precisam encontrar-se consigo mesmo numa viagem que pode ou não ser longa e o renascimento dá-se diariamente.
Que este "homem de ninguém" tenha alguém ao seu lado para amar.
Parabéns.
Tenha uma semana de paz.
Beijos na alma.