Eu queria escrever sobre uma mulher com um ramo de flores sobre o peito.
Mas a mulher contornou a rua e meteu-se numa viela cheia de papeis espalhados pelo chão.
Dizem que ela todos os dias vai olhar o mar
E que atira uma flor, apenas uma, para as águas .
Então eu fico a imaginar a flor, e o mar
e a dor da mulher.
Ela passa sempre com os cabelos louros soltos
e um vestido verde da cor dos seus olhos.
Um dia eu ainda ofereço uma flor
para ela colocar nos cabelos.