sábado, 19 de novembro de 2022

 


Venha o sol que vier, é uma promessa
O que a manhã nos traz na sua alvura.
É outra vez a vida que começa
Abertura de inocência e de frescura.

Cipreste frio a noite, a noite! Cor impura.
Triste alegria a tinta negra impressa.
Venha o sol que vier, tem mais altura.
O sonho que se veja e que meça.

Claro como a verdade _ diz o povo.
Doce como um começo, o fruto novo
Onde reluz o laivo que o pintou.

Venha o sol que vier, é um outro dia
No límpído da fantasia.
Que a nossa escuridão iluminou.

Autor : Miguel Torga
Imagem : David Tomek

2 comentários:

- R y k @ r d o - disse...

Imagem e poema em perfeita harmonia. Gostei muito. Deixo o meu elogio
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Cumprimentos poéticos… (14 anos)
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Pensamentos e Devaneios Poéticos
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Cidália Ferreira disse...

Um poema excelente. Obrigada pela partilha!!
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Atenção:-🍾 Hoje deveria ser feriado Nacional... 🥂
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Beijos
Bom fim de semana