segunda-feira, 27 de abril de 2015

É no meu corpo que morreste



é no meu corpo que morreste. agora
temos o tempo todo
ao nosso lado, como
um lodo onde dormitam as
conhecidas maneiras.
algumas nuvens se aproximam, e depois
se afastam, numa duvidosa
manifestação de imperícia;
os animais falantes
atravessam corredores iluminados,
embarcam na
sossegada lembrança dos sonetos,
o leve sono que pesou no dia.
é no meu corpo que morreste, agora.

Autor  : © António Franco Alexandre

1 comentário:

Maresia disse...

Um belo poema. Parabéns!